quarta-feira, dezembro 12, 2012

CRESSENDO CONSIGO

Sou do tempo, como dizem os velhos, em que se esperava que certas funções não fossem realizadas por pessoas que não possuissem detrerminados requisitos, implicitamente considerados importantes para a referida função.
Mais tarde, numa sociedade em mudança acelerada, em que se assistiu a compreensíveis inversões de valores, e outras menos compreensíveis, foi-se percebendo que algumas das características "implicitamente" requeridas tinham que ver com preconceitos.
Que as aeromoças (hospedeiras de bordo) tivessem de ser elegantes e bonitas; que os locutores não pudessem ter pronúncias oriundas de fora de Lisboa; ocorrem-me estes dois exemplos.

Não impede que me arrepie sempre, que a jovem que faz o anúncio a um Banco, não seja capaz de dizer "crescem", na frase: «Valores que crescem consigo».
Ela diz «cressem». Em vários anúncios com ligeiras variantes, a mesma jovem, de resto com excelente voz, insiste: «Valores que cressem consigo!»

Não digo que a despeçam, obviamente. Nem mesmo que a mudem de anúncio.
Não poderiam arranjar-lhe outra palavra?

1 comentário:

Unknown disse...

a este propósito espreita no meu bloque um post de 30 de junho de 2012 (burro)