Surgiu, primeiro, uma delas, muito negra e luzidia. Parecia atarantada. Rodava, rodava pelo soalho, e desapareceu.
Nessa tarde, já se viam duas ou três. «As batedoras», pensei.
Detestamos ter baratas em casa, mas não eram baratas. Detestamos as moscas, pelo verão: não eram moscas; detestamos as melgas, com o seu zumbido suicida, porque previnem as pessoas «Estamos aqui, vá, toca a acordar, enrola um jornal, caça-nos!». Mas também não eram melgas.
Depois, quando ainda as não levávamos sério, deu-se a invasão. Como formigas, mas demasiado grandes para ser formigas, demasiado exactas nos seus movimentos colectivos, demasiado poderosas e seguindo ordens numa linguagem que não entendíamos.
Lição: comer na sala pode provocar uma invasão alienígena.
domingo, novembro 15, 2009
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