domingo, setembro 05, 2010

AMERICA'S NOTEBOOK IV

1. Num dos primeiros dias que passámos nos states, primo & Andy (sua esposa) levaram-nos a uma encantadora e típica aldeia, Fayetteville. É uma terra que vive da preservação de uma certa imagem: parece que entramos numa vilória dos "Good Old Times" americanos: alpendres em madeira, picket fences, cadeiras de balanço; um sótão, camas de época, quadros. Não existem grandes negócios: a aldeia vive de arrendar essas casas a turistas que queiram sentir-se como Huckleberry Finn; lojas de "antiques" (com vestidos e chapéus, malas, sapatos, polainas); restaurantes; um drugstore; um museu de comboios.

2. Eis um aspecto em que os americanos são verdadeiramente fabulosos: com uma história tão curta, e tão ciosos dela. Num parque de Houston, por exemplo, encontram-se transplantadas as casas de madeira onde viveram alguns pioneiros.

3. Encontro livros, de autores europeus, que seriam pouco acessíveis na Europa. A minha grande compra é uma tradução inglesa de Nietzsche - na verdade, os textos preparatórios de uma série de aulas que este leccionou, acerca dos filósofos pré-platónicos, e que sucessivos tradutores europeus negligenciaram ou ignoraram.

1 comentário:

josépacheco disse...

Há que dizer que ESTA tradução é de um norte-americano, patrocinado por uma Universidade de Illinois. O que me parece ainda mais extraordinário.