terça-feira, junho 29, 2010

CHIPS, SÓ NOS CÃES!

A quem interesse a minha pindérica e desinformada perspectiva, devo dizer que sou avesso a essa ideia de começar a apoiar tecnologicamente as decisões do árbitro. Televisões e chips para ter a certeza de que a bola entrou ou de que um "atleta" (como diria Scolari) está fora-de-jogo? Valha-me Deus! Começa-se assim e, já agora, eliminem o árbitro. Põe-se um tipo sentado diante de um ecrã, com um computador, a fazer cálculos de trajectórias e de intersecções e a estabelecer medidas irrefutáveis. Epá, não sejam ridículos!

E agora vem o contra-argumento que os amigos da tecnologia têm por irrefutável. Os árbitros cometem erros.
Sim, já sabemos. Sim, temos visto. Alguns deles até são comprados, mas, e depois!? Encarem a coisa assim: os erros dos árbitros fazem parte do jogo, são algumas das incontáveis probabilidades de que ganhe A ou B: são tão apaixonantes como os erros dos jogadores, a bola que foi à trave, o guarda-redes que teve uma crise de estrabismo no momento em que devia saltar para a esquerda.

Um computador? E, nesse caso, a quem chamávamos nomes? Ao computador!?!? «Vê-se mesmo que a tua mãe computa!»? E perdíamos a possibilidade de ver o espectáculo divertido que é um homenzinho, às vezes de alguma idade e de alguma barriga, mas também de calçõezitos, a tirar, do bolso, cartões de cores? E a apitar!?

O futebol que evolua para onde quiser. Mas não substituam os árbitros por instrumentos sofisticados. Um árbitro quer-se assim: sem sofisticação nenhuma e a errar grosseiramente, que é para dar mais alma ao futebol.

1 comentário:

Unknown disse...

Para mim, chips. Mas apenas destas:

https://ssl101.webhosting.optonline.net/peachsamericanfoods.com/merchantmanager/images/uploads/chipsahoy.jpg