1. Passe o pretensiosismo do nome, o meu objectivo é extremamente simples; longe de fazer teoria acerca dos Estados Unidos da América, o que retenho é somente o conjunto de surpresas, ideias feitas que se desfizeram, o que observei aqui, o que me chocou ali. Nada de muito fundamentado. Mas, pelo menos a mim, estas descobertas mínimas ensinam-me a penetrar no país.
2. Meu primo, que é o meu Virgílio na visita aos círculos do inferno capitalista, diz-me que, aqui, se define a pobreza como a incapacidade para se manter mais do que um carro. É evidente que muitos americanos nem um automóvel possuem. E, contudo, é certo que vi passar um "homeless", vasculhando no lixo, longas e sujas barbas, roupa estafada... mas com um i-pod!
3. Tudo o que é bom e é mau converge nesta bizarra e contraditória Las Vegas, terra do prazer sem limites, como numa gigantesca Disneyworld para adultos. Luzes intensas, cores por todo o lado, ruído, gente, um grupo de chinesas histéricas numa despedida de solteiro, tipos mascarados de Elvis Presley, restaurantes italianos soberbos, hotéis temáticos (Treasure Island, Circus, Venician, oferecendo uma espectacular Veneza...), onde tudo é falso e, ao mesmo tempo, absolutamente real...
4. Falso porque se diria encenado, como num gigantesco cenário de papel; verdadeiro, porque, efectivamente, o mármore é mármore, a pedra é sólida, os fundamentos revelam-se firmes. (E, numa terceira abordagem, tudo é novamente falso, porque imita, reproduz, reconstitui...).
5. E diz-me, ao jantar, um americano interessante, mas muito contraditório, a que o meu primo me apresentou: "O facto é que, vendo o que quer que se veja da América, fica-se ainda longe de se conhecer a América. Porque qualquer ponto dos EUA é mais diferente de um outro ponto da América, do que, possivelmente, de um qualquer ponto da Europa..."
6. Sei que assim é. Viajando de Houston a Las Vegas, ou de Las Vegas (Nevada) até essas pequenas localidades, em torno dos canyons de Zion, no Estado de Utah, maioritariamente mormon, nada tem que ver com nada: mudamos certamente de paisagem, mas também de ética, mudamos de planeta, passamos de um universo para outro.
segunda-feira, agosto 30, 2010
quinta-feira, agosto 12, 2010
EU, VERDADEIRO ÍCONE DA MORAL
O local é o infame Oeiras Parque, que já deito pelos olhos.
Sozinho com a Daisy, enquanto o irmão faz uma espécie de vida de jet-set, entre praia, cinema, festas-karaoke, e a mãe dos miúdos continua presa ao trabalho, opto, à hora do almoço, por repartir com ela uma lasanha.
Não o faço por razões financeiras. Poderia ser, mas não. Tão-só por motivos logísticos, se é que a palavra está bem escolhida. Não posso carregar para a mesa dois pratos, que não cabem num tabuleiro, nem dois tabuleiros com um prato cada um. Por outro lado, custa-me deixar a garota sozinha numa mesa, já a comer, enquanto procuro a minha própria refeição. De modo que trago dois pares de talheres, divido a lasanha no prato, que é imensa, Tu comes isto, eu como aquilo!
Faço-o sempre (não é a primeira vez) com alguma vergonha. Não gostaria que me tomassem pelo rei dos somíticos, nem que achassem que roubo restos ao prato da minha filha.
Estamos precisamente ao lado de uma família: pai de braços peludos e óculos à moda, mãe com túnica de praia e chinelos, olhos verdes, miúda de uns dez anos, gorda, de caracóis; percebo, embaraçadíssimo, que seguem a minha operação: logo que a Daisy choraminga «Nã qué maij», deslizo o prato para o pé de mim, desembrulho os meus talheres, manjo, com alguma fome que a minha voracidade deve revelar.
Mas, nessa mesa ao lado, ocorre uma «situação»: a menina está com um prato cheio de bife, batatas fritas, arroz. Não come. E vejo, com estranheza, que os pais é que se envergonham perante mim, perante o meu espírito de economia. Estão furiosos com a filha, que já afirmou, peremptória, que não lhe apetecia mais. Devem estar a pensar «Isto é estragar comida», «Os meninos de Àfrica», «Mimada», esse género de coisas.
- És pior que os pequenitos!, atira-lhe a mãe, num mal contido acesso de fúria.
- Eu não sabia que era assim - lamenta-se a petiza. - Se eu soubesse que o prato era assim, não tinha pedido!
A mãe não sabe o que há-de fazer. O pai finge desaparecer. Estou, pela minha simples existência em torno de um prato de lasanha, representando uma lição de moral. Fico sem saber como me comportar.
Quase me apetecia, para resolver o problema, sentar-me à mesa deles. E, como alguns prisioneiros, no refeitório, perguntar à gorda:
- Não vais comer isso...? Importas-te?
Atirando-me imediatamente ao seu bife com batas fritas...
Sozinho com a Daisy, enquanto o irmão faz uma espécie de vida de jet-set, entre praia, cinema, festas-karaoke, e a mãe dos miúdos continua presa ao trabalho, opto, à hora do almoço, por repartir com ela uma lasanha.
Não o faço por razões financeiras. Poderia ser, mas não. Tão-só por motivos logísticos, se é que a palavra está bem escolhida. Não posso carregar para a mesa dois pratos, que não cabem num tabuleiro, nem dois tabuleiros com um prato cada um. Por outro lado, custa-me deixar a garota sozinha numa mesa, já a comer, enquanto procuro a minha própria refeição. De modo que trago dois pares de talheres, divido a lasanha no prato, que é imensa, Tu comes isto, eu como aquilo!
Faço-o sempre (não é a primeira vez) com alguma vergonha. Não gostaria que me tomassem pelo rei dos somíticos, nem que achassem que roubo restos ao prato da minha filha.
Estamos precisamente ao lado de uma família: pai de braços peludos e óculos à moda, mãe com túnica de praia e chinelos, olhos verdes, miúda de uns dez anos, gorda, de caracóis; percebo, embaraçadíssimo, que seguem a minha operação: logo que a Daisy choraminga «Nã qué maij», deslizo o prato para o pé de mim, desembrulho os meus talheres, manjo, com alguma fome que a minha voracidade deve revelar.
Mas, nessa mesa ao lado, ocorre uma «situação»: a menina está com um prato cheio de bife, batatas fritas, arroz. Não come. E vejo, com estranheza, que os pais é que se envergonham perante mim, perante o meu espírito de economia. Estão furiosos com a filha, que já afirmou, peremptória, que não lhe apetecia mais. Devem estar a pensar «Isto é estragar comida», «Os meninos de Àfrica», «Mimada», esse género de coisas.
- És pior que os pequenitos!, atira-lhe a mãe, num mal contido acesso de fúria.
- Eu não sabia que era assim - lamenta-se a petiza. - Se eu soubesse que o prato era assim, não tinha pedido!
A mãe não sabe o que há-de fazer. O pai finge desaparecer. Estou, pela minha simples existência em torno de um prato de lasanha, representando uma lição de moral. Fico sem saber como me comportar.
Quase me apetecia, para resolver o problema, sentar-me à mesa deles. E, como alguns prisioneiros, no refeitório, perguntar à gorda:
- Não vais comer isso...? Importas-te?
Atirando-me imediatamente ao seu bife com batas fritas...
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minúsculos momentos de Glória
terça-feira, agosto 10, 2010
ACERCA DE ASSUMIR OU NÃO ASSUMIR: ISTO SOU EU A PENSAR
Eis uma confissão inaceitável do ponto de vista de quem oficializa o que se deve aceitar:
Se eu fosse gay, nunca me assumiria. Por vergonha? Não! Unicamente por não tolerar que um pormenor, no conjunto do que sou, condicionasse o meu modo de olhar o mundo e o modo de os outros me olharem.
Respondem-me: «Aí é que está! Só um não-homossexual poderia considerar a homossexualidade um pormenor. Na sociedade em que vivemos, ser homossexual está longe de constituir meramente um pormenor!»
E, então, reformulo. Sem prejuízo da coragem que penso que essa assunção requer, não me assumiria porque não é tolerável que um pormenor, no conjunto do que sou, fosse tratado como mais do que um pormenor no conjunto do que sou.
Mas isto sou eu a pensar fora da minha realidade, não sou eu a dar lições.
Se eu fosse gay, nunca me assumiria. Por vergonha? Não! Unicamente por não tolerar que um pormenor, no conjunto do que sou, condicionasse o meu modo de olhar o mundo e o modo de os outros me olharem.
Respondem-me: «Aí é que está! Só um não-homossexual poderia considerar a homossexualidade um pormenor. Na sociedade em que vivemos, ser homossexual está longe de constituir meramente um pormenor!»
E, então, reformulo. Sem prejuízo da coragem que penso que essa assunção requer, não me assumiria porque não é tolerável que um pormenor, no conjunto do que sou, fosse tratado como mais do que um pormenor no conjunto do que sou.
Mas isto sou eu a pensar fora da minha realidade, não sou eu a dar lições.
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argumentando ao contrário das minorias
terça-feira, agosto 03, 2010
MAIS UM DISPARATE ANUNCIADO
A mim, não parece estranho o clamor que se tem feito ouvir como consequência da anunciada intenção, da Ministra de Educação, de chumbar os chumbos dos alunos; parece-me estranho, pelo contrário, que as associações de pais e encarregados de educação fossem tão rápidas na aclamação da ideia. Que fossem tão previsíveis! Como se, de facto, uma associação de pais não ousasse considerar, e aprovar ou desaprovar, a não ser pela medida do que apetece aos miúdos e do seu aparente interesse imediato.
Não é que eu faça muito gosto no chumbo. Não é que, bem vistas as coisas, não poderia ser preferível um sistema onde os alunos não tivessem de chumbar. Pessoalmente, como professor, odeio auxiliar na decisão de que um aluno tenha de repetir o ano. Como eu próprio, enquanto aluno, chumbei umas quantas vezes, tenho conhecimento, por dentro, do que isso significa de porrada na autoestima (embora, como dizia Bénard da Costa, também eu seja do tempo em que essa palavra não tinha sido inventada). Mas, dito isto, o problema é o da irresponsabilidade de uma ideia que surge sem se perceberem as consequências e - tanto quanto se diz - por razões fundamentalmente económicas.
A grande questão é a de saber se um aluno está preparado para "passar de ano"; se aprendeu e esgotou o que é importante, nesse ano, como base para futuras aprendizagens. E, tal como o vejo, não há volta a dar a este busílis. É claro que se o aluno transita sem essa aquisição de "saberes" prévios, sem o minimum indispensável, não vai poder dar sentido ao conjunto de novos "saberes" com que terá de lidar. A não ser - ah, a não ser que se façam diferentes turmas para um universo de transitados: turmas de meninos mais lentos, turmas de alunos que, tendo passado, de facto nada sabem, turmas de meninos incompetentes (ou seja: sem as necessárias "competências" adquiridas) e, depois, turmas de alunos mais velozes, mais sábios e mais competentes...
É já um pouco isso, de resto, que se passa - em Inglaterra ou nos EUA -, ao nível das escolas e das universidades. Ninguém fica de fora. Mas nem todos têm habilitação para frequentar as melhores escolas e universidades. Multiplicam-se escolas e universidades para os fracos, para os que não sabem, para os que não compreendem, escolas e universidades que, obviamente, mais tarde, no curriculum dos que por lá passaram, não são nenhum convite a que os contratem...
A pura ideia de fazer, por um passe de magia, desaparecer a reprovação é uma fraude. Uma dessas ideias politicamente correctas, aparentemente para democratizar o sistema e oferecer as mesmas oportunidades a todos, que, na prática, na verdade, dão diferentes oportunidades (só aparentemente iguais) ao universo inteiro. É uma ideia que agrada às crianças e aos pais e permite poupar algum dinheiro, portanto, é claro, está destinada a vencer. É sempre tão mais fácil proporcionar satisfação a curto prazo, mesmo que seja à custa da formação dos jovens do país...
Não é que eu faça muito gosto no chumbo. Não é que, bem vistas as coisas, não poderia ser preferível um sistema onde os alunos não tivessem de chumbar. Pessoalmente, como professor, odeio auxiliar na decisão de que um aluno tenha de repetir o ano. Como eu próprio, enquanto aluno, chumbei umas quantas vezes, tenho conhecimento, por dentro, do que isso significa de porrada na autoestima (embora, como dizia Bénard da Costa, também eu seja do tempo em que essa palavra não tinha sido inventada). Mas, dito isto, o problema é o da irresponsabilidade de uma ideia que surge sem se perceberem as consequências e - tanto quanto se diz - por razões fundamentalmente económicas.
A grande questão é a de saber se um aluno está preparado para "passar de ano"; se aprendeu e esgotou o que é importante, nesse ano, como base para futuras aprendizagens. E, tal como o vejo, não há volta a dar a este busílis. É claro que se o aluno transita sem essa aquisição de "saberes" prévios, sem o minimum indispensável, não vai poder dar sentido ao conjunto de novos "saberes" com que terá de lidar. A não ser - ah, a não ser que se façam diferentes turmas para um universo de transitados: turmas de meninos mais lentos, turmas de alunos que, tendo passado, de facto nada sabem, turmas de meninos incompetentes (ou seja: sem as necessárias "competências" adquiridas) e, depois, turmas de alunos mais velozes, mais sábios e mais competentes...
É já um pouco isso, de resto, que se passa - em Inglaterra ou nos EUA -, ao nível das escolas e das universidades. Ninguém fica de fora. Mas nem todos têm habilitação para frequentar as melhores escolas e universidades. Multiplicam-se escolas e universidades para os fracos, para os que não sabem, para os que não compreendem, escolas e universidades que, obviamente, mais tarde, no curriculum dos que por lá passaram, não são nenhum convite a que os contratem...
A pura ideia de fazer, por um passe de magia, desaparecer a reprovação é uma fraude. Uma dessas ideias politicamente correctas, aparentemente para democratizar o sistema e oferecer as mesmas oportunidades a todos, que, na prática, na verdade, dão diferentes oportunidades (só aparentemente iguais) ao universo inteiro. É uma ideia que agrada às crianças e aos pais e permite poupar algum dinheiro, portanto, é claro, está destinada a vencer. É sempre tão mais fácil proporcionar satisfação a curto prazo, mesmo que seja à custa da formação dos jovens do país...
segunda-feira, agosto 02, 2010
SOBRE O CASAMENTO GAY E SOBRE NÃO QUERER CASAR
Estou totalmente a favor do casamento gay: compreendo que se trata da necessidade e da possibilidade de se institucionalizar a relação, de forma a que, depois de anos de comunhão de bens, nenhum dos dois seja penalizado ou traído por famílias invejosas, que nunca aceitaram o "companheiro" do seu menino; e, sobretudo, compreendo a razão da semântica: tratando-se de assumir perante a sociedade uma relação, então por que haveria de se inventar um outro nome, como se "casamento" fosse demasiado sério e demasiado digno para eles?
Não deixa de perturbar, porém. Para mim, que não sou gay e me recusei sempre casar, porque achava a oficialização do nó um gesto fútil e burguês; que o não fiz, consciente e deliberadamente, quando podia ter dado, com esse passo, um enorme prazer à família, é estranho verificar que a atitude revolucionária seja, agora, um certo tipo de casamento.
Não deixa de perturbar, porém. Para mim, que não sou gay e me recusei sempre casar, porque achava a oficialização do nó um gesto fútil e burguês; que o não fiz, consciente e deliberadamente, quando podia ter dado, com esse passo, um enorme prazer à família, é estranho verificar que a atitude revolucionária seja, agora, um certo tipo de casamento.
domingo, agosto 01, 2010
OS PRIMEIROS MINUTOS DE ROBINSON CRUSUOÉ NA ILHA
Eis que lenta, lenta, lenta, lentamente desperta a consciência de Robinson Crusuoé.
Parte do rosto está mergulhado em água; doem-lhe as pernas, os braços: o que teve de nadar para chegar ali, ao princípio da ilha, àquela areia húmida, àquelas rochas aguçadas!
Robinson sabe, ou calcula mas esse cálculo é como um íntimo saber, que ninguém mais sobreviveu no naufrágio.
Soergue-se, vagaroso. Tudo são músculos duros, presos, ineficazes. Olha o céu imenso, de um imenso azul, riscado de pássaros.
Põe-se de pé, obsreva em redor. É quando, pela primeira vez, lhe passa pela cabeça que vai ter de viver sozinho, como um divorciado, recolher despojos, como um trapeiro - despojos do navio naufragado que as ondas lhe entregam. Há madeiras, há ferros, há utensílios. Começa a pensar num universo que terá de construir a partir de nada, ou de quase nada, começa a pensar numa casa que terá de erguer do zero, que o proteja, que o anime, que o abrigue.
Aproxima-se, preso de uma súbita euforia, da costa aonde continuam a chegar materiais vindos do barco afundado. Tenho de me animar, pensa. tenho de trabalhar, pensa.
E, repentinamente, percebe.
«Oh, caraças, estou tramado! Isto vai ter de ser tudo montado ao calhas», soluça, «é tão difícil, nunca se consegue à primeira», chora, infeliz, adivinhando o trabalho que lhe vão dar as peças que lhe chegam à costa, «Nunca conseguirei», chora ele, «Oh, que horror!»
Que trabalho insano, que dias duros, que dificuldades impossíveis...
«Esta merda é toda do IKEA!!!»
Parte do rosto está mergulhado em água; doem-lhe as pernas, os braços: o que teve de nadar para chegar ali, ao princípio da ilha, àquela areia húmida, àquelas rochas aguçadas!
Robinson sabe, ou calcula mas esse cálculo é como um íntimo saber, que ninguém mais sobreviveu no naufrágio.
Soergue-se, vagaroso. Tudo são músculos duros, presos, ineficazes. Olha o céu imenso, de um imenso azul, riscado de pássaros.
Põe-se de pé, obsreva em redor. É quando, pela primeira vez, lhe passa pela cabeça que vai ter de viver sozinho, como um divorciado, recolher despojos, como um trapeiro - despojos do navio naufragado que as ondas lhe entregam. Há madeiras, há ferros, há utensílios. Começa a pensar num universo que terá de construir a partir de nada, ou de quase nada, começa a pensar numa casa que terá de erguer do zero, que o proteja, que o anime, que o abrigue.
Aproxima-se, preso de uma súbita euforia, da costa aonde continuam a chegar materiais vindos do barco afundado. Tenho de me animar, pensa. tenho de trabalhar, pensa.
E, repentinamente, percebe.
«Oh, caraças, estou tramado! Isto vai ter de ser tudo montado ao calhas», soluça, «é tão difícil, nunca se consegue à primeira», chora, infeliz, adivinhando o trabalho que lhe vão dar as peças que lhe chegam à costa, «Nunca conseguirei», chora ele, «Oh, que horror!»
Que trabalho insano, que dias duros, que dificuldades impossíveis...
«Esta merda é toda do IKEA!!!»
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