Estou totalmente a favor do casamento gay: compreendo que se trata da necessidade e da possibilidade de se institucionalizar a relação, de forma a que, depois de anos de comunhão de bens, nenhum dos dois seja penalizado ou traído por famílias invejosas, que nunca aceitaram o "companheiro" do seu menino; e, sobretudo, compreendo a razão da semântica: tratando-se de assumir perante a sociedade uma relação, então por que haveria de se inventar um outro nome, como se "casamento" fosse demasiado sério e demasiado digno para eles?
Não deixa de perturbar, porém. Para mim, que não sou gay e me recusei sempre casar, porque achava a oficialização do nó um gesto fútil e burguês; que o não fiz, consciente e deliberadamente, quando podia ter dado, com esse passo, um enorme prazer à família, é estranho verificar que a atitude revolucionária seja, agora, um certo tipo de casamento.
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