A resposta à pergunta enunciada no título dá-se numa única linha: «paizar» significa ser pai da Daisy e do Dudu.
Às vezes, perguntam-me que faço quando não «paizo», ou seja, durante as folgas que me caibam na tarefa de tomar conta dos meus filhos.
Gosto de dar a resposta politicamente correcta: Ah, e tal, quando não estou com eles, e tal, dedico-me a desejar estar novamente com eles.
Claro que não é sincero. A resposta certa seria: «Quando não estou com eles, dedico-me a planear malfeitorias para tortura de quem me faça uma pergunta tão difícil». Mas a resposta ainda mais certa, a definitiva, seria: «Quando não estou com eles, caio imediatamente a dormir!»
O problema nunca é quando não estou com eles. Parece óbvio. O problema é: quando estou com eles.
E o que eu faço nessas ocasiões é, em geral, gritar.
Claro que não acho bem fazê-lo amiúde. E, mesmo não sendo crente, peço muitas vezes a Deus que me dê forças para ter paciência e não desatar aos gritos com os petizes. A oração completa, aliás, é assim: «Dá-me forças, Deus meu, para não gritar com estas crianças! Mas não precisas de te apressar. Deixa-me só dar, primeiro, uns gritos...»
Em certas ocasiões, é maravilhoso estar com os meus filhos. Ocorre sempre que estão a dormir. Contemplar aqueles rostos calmos, na penumbra, vê-los tapadinhos até ao queixo, aspirar o silêncio da casa, revitaliza-me, rejuvenesce-me.
Perguntam-me: estás a ser irónico, não estás? É um texto exagerado, não é? Uma caricatura, pois sim?
Claro que exagero. Há muitos outros momentos em que adoro estar com eles. Por exemplo, mesmo quando estão a dormir sem estarem tapados até ao queixo...
quinta-feira, abril 09, 2009
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1 comentário:
...e finalmente podes ir dormir!
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