E põe-se, de uma vez, termo às hesitações e às incertezas científicas: fica finalmente estabelecido que os alimentos transgénicos são altamente prejudiciais à saúde. Agora, há provas; há uma prova: a primeira vítima notória do milho geneticamente transformado foi o proprietário da plantação que, após o assalto dos jovens ecologistas que lhe massacraram heroicamente uma série de maçarocas, acabou tendo um enfarte.
Há por aí vozes que se erguem, discordantes, contra os bravos ecologistas. Há mesmo quem pretenda que eles erraram o alvo. Que deviam ter atacado empresas multinacionais, ao invés de um velhinho que se dedica à plantação de maçarocas. Erraram o alvo?! Isso foi o que pensaram quando um carro embateu no meu veículo e eu, furioso, tendo de bater forçosamente em alguém, dei um murro num senhor cego que se aproximara para assistir ao espectáculo. Não errei, não: acertei-lhe em cheio! E, vamos lá, quem queriam que agredisse? O homem de quase dois metros e tatuagens nos braços hercúleos que vinha a conduzir o carro que não parou num «stop» e partiu o meu em dois? Está bem, está!
Alguém, cujo nome e cuja importância eu não fixei, argumentou que não concordava com os métodos mas compreendia as razões - e sempre acrescentou que, bem vistas as coisas, a verdade é que, «apesar de tudo», nunca esta questão fora tão mediatizada. Portanto... até os métodos parecem ter qualquer coisa de bom. Se o episódio passa na televisão já quase mais vezes do que o desaparecimento da Maddie e os dislates do Berardo, então é certamente uma vitória.
O senhor Mendes e o senhor Louçã é que estão muito zangados com o governo a propósito do acontecimento. Mas o senhor Mendes e o senhor Louçã estão sempre muito zangados. Devem andar a comer milho estragado!
terça-feira, agosto 21, 2007
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