segunda-feira, março 09, 2009

OS PONTOS NOS II

1. É fácil, cómodo e apetecível criticar o governo como se este não estivesse equipado com o mínimo tipo de virtude. A verdade, porém, é que as últimas sondagens, como as anteriores e as de antes, continuam a prever uma nova maioria-PS: e isso obriga-nos a reconhecer, da parte do governo e do partido que o sustenta, um esforço denodado, rigoroso e vigoroso em duas áreas a que os portugueses se mostram sensíveis: a manipulação e a censura.

2. Por outro lado, o governo trata-nos da saúde. Em sentido figurado, mas também literal: impede-nos de progredir nas carreiras, não vamos nós ganhar o que gastaríamos em gorduras; torna as salas de espera dos hospitais locais infectos, com o sábio propósito de evitar que as pessoas se multipliquem nas Urgências de cada vez que são pisados por uma vizinha gorda. (Se assim fosse, iriam certamente ser aí contaminadas com novas doenças...). E, last but not the least, legisla sobre a quantidade de sal que deve ser usado no pão.

3. O pão português é pior do que o tabaco. Só conheço uma coisa pior do que o pão português. É... é... não consigo, aliás, lembrar-me do que seja, em virtude de andar a comer tanto pão. A minha tia Glorinha acha muito bem que o senhor Genheiro Sócrates (um Genheiro é alguém que não chegou a Engenheiro) garanta a qualidade do pão português. Este é tão mau como quase todos os portugueses, e tão pouco saudável que, da última vez que comi uma carcaça, ia-me afogando: talvez por não saber nadar; mas é também admissível que a carcaça pudesse ter alguma relação com o assunto...

4. Por fim, há que não esquecer que, o governo, dotou Todos os meninos (sendo que «todos» significa, na linguagem do governo: «Muito poucos») de computadores Magalhães.
Queixam-se, agora, alguns insatisfeitos - porque há sempre gente difícil de contentar -, de que existem, no Magalhães, aplicações, ou funções, ou programas, ou lá como é que se chama isso, que estão escritos em mau português, com erros ortográficos, de sintaxe, etc.
Ora, isso já é mesmo vontade de denegrir. Queixinhas! Penso que há má vontade ( se não má-fé) em que se simule tanto espanto. Ou, então, falta de informação.
Por mim, estou informado e não me espanto nada:
Quem já leu Despachos assinados pela sra. D. Margarida Moreira, como eu li, não iria certamente espantar-se com erros de português associados ao Ministério da Educação!

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