segunda-feira, fevereiro 18, 2008

OS PAU-MANDADOS TÊM SEMPRE LUGAR JUNTO AOS CHEFES

Não acredito que tenha sido eu o único a notar. Está em alta aquela mulher horrorosa, cujo nome a minha mente selectiva fez o favor de apagar, mas de que recordo o triste episódio que a celebrizou: ela queria processar um tal professor Charrua, seu subordinado num serviço do ministério, que tinha contado qualquer anedota sobre o primeiro-ministro. Essa mulher não está na mó de baixo. Sempre que na televisão aparece a ministra da Educação, senhora dona Lurdes Rodrigues, com a sua corte de fiéis, a mulher horrorosa surge em lugar de destaque, acenando, pressurosamente, a cada palavra da sua líder. Não acredito, repito, que tenha sido eu o único a reparar. O senhor Charrua certamente que também já a viu. Mas não só ele. Uma amiga dizia-me, hoje: «Também deste conta? Houve um momento em que ela, atrás da ministra, acenando sempre, deve ter ouvido qualquer coisa desagradável, porque olhou para alguém com cara de má. Até pensei: "Olha, lá vai mandar mais um para o olho da rua!"».
Na altura, ri-me.
Ri-me!? Só mostra que sou tolo. Há situações caricatas que só nos deviam fazer chorar. Não da situação em si. Mas do que ela permite ler. E antever.

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