Daisy vem, em segredo, dizer-me que o Pai Natal ouve tudo o que dizemos e que, se dizemos disparates, ele se vinga. (Foi o irmão, suponho, que lhe deu que pensar...).
Pergunta-me, sempre em segredo, se o Pai Natal consegue ouvir, mesmo que ela me segrede.
Respondo-lhe que depende do tom. Deve haver uma certa qualidade de bichanar que nem mesmo o Pai Natal consegue ouvir.
Proponho-lhe que ensaiemos. Daisy tenta, cada vez mais baixo.
Chegamos à conclusão de que, infelizmente, o tipo de segredo que a Daisy me diz e o Pai Natal já não ouve, é aquele que eu próprio também já não oiço.
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