Há períodos assim, em que me apetece tão-só tecer considerações, ensaiar argumentos acerca seja lá do que for, em vez de «historiar», ou melhor (quer dizer: pior, mas mais preciso), «estoriar». Sei que me torno maçudo quando me dá para aí. Avalio-o facilmente: se as minhas «estórias» merecem poucos comentários (os de um gato, os de uma janota e, agora nem isso, os de uma «anja»), os meus «posts» sérios, sobre filosofia, política ou literatura (Prousssst!) não são comentados. De todo.
Tenho este problema de viver em permanente esforço para parecer um tipo leve e divertido aos olhos dos outros, sem conseguir evitar completamente que o meu lado «seca» e pesadão venha por vezes ao de cima, como um dedicado especialista em «corpulantex hybrudus» de cavalete azul da zona norte de Algueirão Sul que, tendo percebido, ao longo de anos, que o seu interesse não é partilhado por ninguém, e quando o menciona provoca de imediato bocejos, distracção e fuga, acaba por aprender a preferir, em público, dizer graças, se possível na Feira Popular, entre copos, amigos e montanhas russas, MAS que... em certos momentos... nem que seja por um instante... por uma fracção de segundo... numa árdua batalha psicológica contra si mesmo, de antemão perdida... não pode... não é capaz de calar uma ou outra frase que lhe saem como um arroto... «Sabes que o corpulantex hybridus tem...?»... - gerando o inevitável silêncio constrangido e compungido, e um olhar desesperado do interlocutor, que só pode interpretar-se como: «Oh, não! Lá começa o maluquinho...!»
Mas, por agora, com o Proussst, já me aliviei.
Não se preocupem. A animação segue dentro de momentos...
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