Às vezes, vale a pena sentirmo-nos mortos e enterrados.
Mortos, por exemplo, para alguém que nos é querido.
Apenas para podermos ter o prazer da ressurreição. Apenas para termos o prazer de descobrir que nos julgávamos mortos mas não estávamos, nos pensávamos esquecidos mas não nos haviam realmente esquecido.
O túmulo é frio. O inferno não tem chamas, é também frio, é gélido.
Acordar, porém, é sempre suave.
Sou Lázaro, venho do círculo mais gelado do inferno; estou vivo: sei do que falo.
segunda-feira, dezembro 08, 2008
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2 comentários:
Ia deixar-te um comentário no post do vagabundo dos limbos, mas depois mudei de ideias. Muitas vezes os posts que comentamos são aqueles que se revelam de comentário mais fácil. Muitas vezes não comentamos os outros, não porque não nos dizem nada, mas porque ficamos sem saber o que dizer. Para tua informação, gostei muito deste post. Este pequeno pedaço de prosa é muito bonito. Tenho o dito.
Sinto o mesmo...obrigada Angel.
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