ACERCA DA SUBTILEZA
A subtileza é, necessariamente, subtil. Não admira que, frequentemente, não se repare nela.
A subtileza não tem por destinatário o espírito treinado - não se treina o espírito na verdadeira subtileza. Só pode ter por destinatário o espírito genuinamente subtil.
A discrição é, pois, própria da subtileza. Se, tendo medo que uma ideia subtil não esteja suficientemente visível, a carregamos, a colorimos, a sublinhamos, o que sucede é que, por um perverso paradoxo, elas se apagam: a discrição; e a subtileza.
Diz Nietzsche, de que poucos gostam (e menos ainda conhecem): um homem com voz muito potente, só a custo consegue enunciar os pensamentos mais subtis.
terça-feira, abril 18, 2006
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